quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Destino

Será que podemos realmente mudar este mundo onde vivemos, com as nossa acções, com os nossos pensamentos, com o nosso toque especial?
Ou somos meras marionetas de um Deus que tem dias que acorda de mau humor e nos faz suportar situações terriveis, onde optamos por chorar ou por ser indiferentes?
Eu não acredito no destino, acredito que posso fazer a diferença, sobretudo se me conseguir conhecer a mim propria. Detesto quando acordo dos meus sonhos e vejo que são só sonhos, só imaginação desta mente arrastada pelo vão que é a imaginação. Adoro ver que posso dar um toque de magia aos meus dias, descobrir novas olhares nas pessoas que me rodeiam e que as minhas mãos realmente fazem a diferença.
E se alterasse o meu passado os fios invisiveis que sustem o mundo seriam diferentes? Por mais que pensemos ter o controlo do nosso futuro o mais impressionante é que .... não temos. Aliás, por mais usual, banal e reduccionista que seja esta frase, só nos pertence o presente. Aí fazemos escolhas e controlamos os nossos actos, não as influencias que temos nos outros. Grandes planos ou metas podem ser muralhas demasiado altas para ver a paisagem que temos em redor.
No fim disto tudo...

Só espero ter pegado no que realmente precisava para esta travessia e um dia conseguir ver as estrelas que tenho à minha espera. Algumas consigo vê-las agora... e as restantes estarão no meu caminho.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um olhar complacente

Aprender com os outros é uma arte que se aprende ao longo dos anos... Ser observador, sensível e bom intérprete é o primeiro passo para a construcção de novos conhecimentos num mundo de pessoas únicas.
Aprende-se a ser em todas as partes do mundo e em qualquer momento da vida.
A minha atenção tem estado direccionada nas almas pacientes, sim, nas pessoas dotadas de um dos maiores talentos existentes a paciência. O que me apercebo é que estas pessoas, muitas vezes confundidas como docéis e passivas, têm uma capacidade exepcional de adaptação, optimismo e de paz interior, a tão cobiçada paz de espirito. Quantas vezes senti que a minha cabeça latejava de tanto massacrar um mesmo assunto sem arranjar uma solução? De permanecer ressentida por não ter dito mais algumas verdades a fulano ou velcrano? Quantas vezes me feri por não entender o outro lado da temática? E tantas coisas mais...
O que sei é que não vale de nada retaliar sobre um clima de tensão e ressentimento, as palavras ditas não são recolhidas e nada nos sobra senão tentar compensá-las.
Conter a fúria, a revolta e a mágoa são poderosas armas que permitem criar uma aura tranquila de paz, de auto-controlo e de serenidade.
A crueldade e os actos de maldade não de retribuem da mesma forma, pelo contrário, é-se superior através do perdão. O perdão a nós próprios e a racionalidade e lucidez que daí advém, permitem-nos não desperdiçar a nossa preciosa energia. Controlamos os nossos actos, não reagimos face as situações, agimos. Definimos aquilo que realmente nos importa e ultrapassámos o que não têm mudança ou resolução.
:) um pensamento que me assumou e que me relembrou que existem situações horríveis, momentos melancólicos e muitas portas fechadas, mas tudo se transforma, mudando a nossa forma de olhar, começando a ver as situações como novos passos a dar.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Uma porçao de ceu

Uma porçao de ceu é aquilo que todas as almas deste mundo procuram... Paz, serenidade de espirito e lucidez de pensamento... Existem pessoas que o alcançam, outras fogem do caminho e perdem se em erros comuns, outras desistem de procurar...
Bem, por mim isso não existe... a felicidade eterna ou o espaço imaculado ou a vida perfeita. Existem pessoas que sabem ver a vida de todas as cores e transformar o mundo onde vivem com as suas maos... com pequenas coisas consideradas banais mas na verdade essenciais.
Alguém que sabe que tem a vida contada aos segundos e consegue sorrir para mim e dizer: " Como te sentes hj? Pareces cansada..." algo tão banal... mas tão profundo... é impossivel não sair de lá arrasada por não conseguir lhe dar mais de nós.
É isso que quero descobrir a forma de superar medos e inseguranças, esquecer a revolta e conseguir dar de mim aos que realmente sentem a falta de gestos e palavras...aos que realmente conseguem dar valor aquilo que estou disposta a dar... a minha paciencia, a minha atenção, o meu sorriso...